domingo, 10 de abril de 2011

UM MUNDO SEM ARQUIVOS!


Você já imaginou o mundo sem arquivos?

O assunto parece ser chato e nada atraente, mas eu convido para uma breve reflexão:

Imagine que você precise tirar uma segunda via de sua carteira de identidade!!!

Necessariamente você recorrerá ao setor responsável e, lá, um funcionário buscará numa gaveta ou numa estante uma série de documentos que conterá informações referentes à sua pessoa. Certamente lá conterá seu nome completo, sua data de nascimento, data de emissão de primeira via, sua filiação, sua naturalidade, suas impressões digitais, etc. A partir das informações contidas naqueles documentos autênticos e fidedignos, o funcionário competente poderá emitir a segunda via do seu documento.

Agora imagine se essas informações não existissem em lugar algum daquela instituição responsável pela emissão de carteiras de identidade.

Onde você imagina que essas informações estarão armazenadas???

Muito provavelmente você responderá: No Arquivo, ora!!!

E a resposta está completamente certa!

Você acaba de constatar que nenhuma instituição ou pessoa pode viver sem arquivos.

O grande X da questão é: Se o funcionário encontrou as informações referentes a você, pressupõe-se que o arquivo daquela instituição deverá estar minimamente organizado de forma a permitir o acesso às informações   alí armazenadas.

Nosso caso nasce a partir dessa constatação: Toda pessoa e toda instituição necessita do armazenamento de informações que, delas, certamente fará uso no futuro.

É NECESSÁRIO LEMBRAR QUE:
  1.  VIVEMOS UMA ÉPOCA DENOMINADA DE “ERA DA INFORMAÇÃO”.
  2.  NOS DIAS DE HOJE, A INFORMAÇÃO É UM PRODUTO DE VALOR. EM MUITOS CASOS PODE SER ENTENDIDA MESMO COMO UMA MERCADORIA.


O processo de registro e armazenamento de informações naturalmente levar-nos-á a criação de um sistema de memórias necessárias de serem futuramente acessadas. O registro de informações em um suporte que possibilite posterior acesso é o significado de criação de um documento. Os documentos que são necessariamente produzidos e recebidos por uma pessoa ou por uma instituição testemunhando e dando prova das suas atividades, serão a matéria prima que deverá compor o arquivo daquela pessoa ou instituição.

A partir desses breves conceitos é que se desenvolve o trabalho do profissional de arquivos: O ARQUIVISTA! Ele existe para fazer trabalho de gestão documental que, em linhas gerais, consiste no processo de tratamento desses documentos desde o momento em que eles são criados, passando pelo processo de uso e tramitação, avaliação da necessidade de guarda permanente ou eliminação, até o trabalho de guarda, conservação, preservação e desenvolvimento de meios de facilitar o acesso às informações contidas naqueles documentos permanentemente arquivados.

Agora, mais uma vez, imagine:

"E se nada disso existisse!"

Certamente não estaríamos neste espaço interagindo. Pois para que isso ocorra, é necessário, primeiramente, que tenhamos um suporte (no caso presente, o computador) que permite a adição, a leitura e o armazenamento de informações. Em segundo lugar, se estamos aqui, é porque, em algum momento de nossas vidas, abstraímos e utilizamos informações que estavam armazenadas e as transformamos em conhecimento. Em terceiro lugar, para nada serviria o que estamos nesse momento desenvolvendo já que em breve nossa memória tratará de, naturalmente, esquecer.

Então, o que podemos concluir de tudo isso?

Para mim é bastante claro: não poderia existir vida social se não existissem lugares de memória onde os homens pudessem armazenar e posteriormente recuperar informações necessárias ao desenvolvimento de seu convívio social.

Lugares de memória são todos os lugares que guardam e tratam informações registradas em documentos. Um dos lugares de memória mais imprescindível para a sociedade é o ARQUIVO, já que as informações alí contidas são fontes primárias que traduzem fielmente os atos da atividade humana e são armazenadas não por uma razão qualquer, mas, invariavelmente, por uma necessidade.

SALVE OS ARQUIVOS, 

SALVE A INFORMAÇÃO...

SALVE OS ARQUIVISTAS COMO FACILITADORES/MEDIADORES ENTRE A INFORMAÇÃO ARQUIVÍSTICA E OS USUÁRIOS QUE DELAS NECESSITEM!!!