terça-feira, 1 de novembro de 2011

Fora, povo!

Pesquisa recente concluiu que a elite brasileira é mais moderna, ética, tolerante e inteligente do que o resto da população. Nossa elite, tão atacada através dos tempos, pode se sentir desagravada com o resultado do estudo, embora este tenha sido até modesto nas suas conclusões. Faltou dizer que, além das suas outras virtudes, a elite brasileira é mais bem-vestida do que as classes inferiores, tem melhor gosto e melhor educação, é melhor companhia em acontecimentos sociais e é incomparavelmente mais saudável. E que dentes!

A pesquisa reforça uma tese que tenho há anos, segundo a qual o Brasil, para dar certo, precisa trocar de povo. Esse que está aí é de péssima qualidade. Não sei qual seria a solução. Talvez alguma forma de terceirização, substituindo-se o que existe por algo mais escandinavo. As campanhas assistencialistas que tentam melhorar a qualidade do povo atual só a pioram, pois, se por um lado não ajudam muito, pelo outro o encorajam a continuar existindo. E pior, se multiplicando. Do que adianta botar comida no prato do povo e não ensinar a correta colocação dos talheres, ou a escolha de tópicos interessantes para comentar durante a refeição? Tente levar o povo a um restaurante da moda e prepare-se para um vexame. O povo brasileiro só envergonha a sua elite.

Se não tivéssemos um povo tão inferior, nossos índices sociais e de desenvolvimento seriam outros. Estaríamos no Primeiro Mundo em vez de empatados com Botsuana. São, sabidamente, as estatísticas de subemprego, subabitação e outros maus hábitos do povo que nos fazem passar vergonha.

Que contraste com a elite. Jamais se verá alguém da elite brigando e fazendo um papelão numa fila do SUS como o povo, por exemplo. Mas o que fazer? Elegância e discrição não se ensina. Classe você tem ou não tem. Mas o contraste é chocante, mesmo assim. Esse povo, decididamente, não serve.

Se ao menos as bolsas-família fossem Vuitton...

Crônica de Luis Fernando Veríssimo 
30/08/2007 (texo extraído do Blog http://diariogauche.blogspot.com)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Ver-te





 

Ver-te é como ter à minha frente todo o tempo
é tudo serem para mim estradas largas
estradas onde passa o sol poente
é o tempo parar e eu próprio duvidar mas sem pensar
se o tempo existe se existiu alguma vez
e nem mesmo meço a devastação do meu passado.
Quando te vejo e embora exista o vento
nenhuma folha nas múltiplas àrvores se move
ver-te é logo todas as coisas começarem é
tudo ser desde sempre anterior a tudo.
Ver-te é sem tu me veres eu sentir-me visto
sentir no meu andar alguma segurança mínima
caminhar pelo ar a meio metro da terra
e tudo flutuar e ser ainda mais aéreo do que o ar
ver-te é nem mesmo pensar que deixarei de ver-te

Ruy Belo.
(Poema copiado do blog ENCOSTA DO MAR)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O TEMPO E A VIDA


Esperar pelo tempo...
O tempo...
É... o tempo...
Mas , o tempo pode ser muito tempo...
E a vida...
A vida é curta, quanto mais se vive, menos tempo se tem
E quanto menos tempo, menos vida
E sem vida não há tempo.
Por isso, não espere pelo tempo
Faça seu próprio tempo.
E a tempo, o tempo que você precisa
Vai te dar tempo pra viver a vida que o tempo te roubou.

Por: Everaldo B. Chaves

domingo, 11 de setembro de 2011

RESPOSTA A UMA ADVOGADA QUE PENSA SER DEUS

Eu, estudante do 6º período de arquivologia pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, pesquisando na Internet sobre o tema "Marketing em Arquivos", me deparei com uma exposição em Power Point que me chamou bastante a atenção, não por que a exposição fosse exatamente o que eu procurava, mas justamente por ser o que eu, absolutamente, não porcurava.
Calma, eu explico, o fato é que a pessoa que elaborou os slides, que penso eu ser uma advogada, trata do arquivo e do profissional que aí atua como seus servos fieis e somente a eles devem se dedicar, como Deuses em seus pedestais, toda devoção e toda sua energia empregada como força de trabalho.

CLIQUE AQUI e veja a apresentação na íntegra.

SLIDE CAPA DA APRESENTAÇÃO EM POWER POINT

Agora leia na íntegra um email que enviei como resposta à senhora Roseli Miranda, através do endereço eletrônnico disponibilizado na contra-capa da própria exposição: 

"Sra. Roseli Miranda.
Fazendo uma busca na internet acerca de marketing em arquivos, me deparei com uma apresentação denominada “ARQUIVOS JURÍDICOS COMO UNIDADES DE INFORMAÇÃO: UMA QUESTÃO DE MARKETING ?”  que no final aparece o email roseli.miranda@unibanco.com.br para contato. Pois bem, verificando os pontos abordados nos slides, observei que a Sra. fala bastante como grande conhecedora de ambientes gestores de fluxos informacionais ou, simplesmente, arquivos.
Na verdade, observando o disposto nos slides nº 13 e 14, que respectivamente abordam o “FOCO NO CLIENTE” onde se diz que “O atual ambiente organizacional exige uma administração mais eficiente e criativa do Arquivo, capaz de antecipar às necessidades do advogado, em vez de simplesmente reagir a elas” e o “RELACIONAMENTO COM O CLIENTE” onde são apontados os “Problemas mais freqüentes:” enumerados assim: “Demora na localização dos documentos; Extravio da documentação entregue; Falta de padronização e procedimentos; Falta de metodologia de arquivamento; Incompreensão do colaborador do Arquivo sobre a necessidade (urgência) do advogado e Inexistência de parceria” gostaria de indagá-la sobre qual a formação do “colaborador” que atua no arquivo da instituição referida na apresentação?

Realmente, esses são problemas freqüentes na maioria das instituições, mas sabe por quê? Porque, geralmente, elas não têm conhecimento acerca da necessidade de gerir seu fluxo informacional de forma a poder recuperar qualquer informação em tempo hábil para agilizar o processo de tomada de decisão seja em qualquer departamento de uma organização, independente de ser jurídico, administrativo ou operacional.

Gostaria de informá-la que existe profissional devidamente capacitado para essa função, treinado para atuar de forma a sanar esses problemas apontados na sua exposição. Esse “colaborador” é o ARQUIVISTA, que tem o exercício profissional regulamentado sob a Lei nº 6.546, de 04 de julho de 1978, que dispõe sobre a regulamentação das profissões de Arquivista e de Técnico de Arquivo, e dá outras providências, fazendo um trabalho voltado para o fluxo informacional produzido e recebido por uma instituição.

Ainda sobre o tema RELACIONAMENTO COM O CLIENTE” no slide nº 16, a senhora aponta que O advogado é a pessoa mais importante no negócio jurídico é em torno dele que tudo acontece; Atender um cliente é uma honra, jamais um favor; Os advogados trazem suas necessidades, o trabalho do Arquivo é satisfazê-las; O advogado merece o tratamento mais atencioso que o Arquivo possa oferecer; O advogado não depende do Arquivo, é o Arquivo que depende dele”.

Sobre o fato de ser o advogado a pessoa mais importante no negócio jurídico, concordo com sua observação, porém paremos por aí. Lembre-se que o advogado no ambiente organizacional é também um colaborador e, como tal, deve ser visto por todos os outros colaboradores como um parceiro e não como um Deus, um ser supremo que está acima de todos os limites humanos como suscitado na sua exposição! Os advogados trazem sim suas necessidades e devem ser satisfeitas, mas não por ser advogado ou qualquer outro profissional, mas porque a instituição, a qual servem o arquivista e o advogado, cujos interesses são superiores aos dois, necessita que o advogado exerça suas competências legais em favor da mesma. O trabalho do arquivista não é satisfazer a interesses de advogados, é fazer um tratamento documental voltado para as “necessidades da instituição” a qual serve, além do que o advogado merece sim tratamento tão atencioso quanto o administrador, o chefe de setor pessoal, o contador, o tesoureiro, o zelador, o faxineiro, o jardineiro e qualquer outro colaborador da instituição independente da sua formação profissional, do cargo que exerça ou qualquer outra condição externa ao ambiente organizacional.

Agora, sinto desapontá-la, nunca o arquivo de qualquer instituição pública ou privada dependeu de advogado nem nunca poderia depender. Agora, se o advogado não depende do arquivo, por que a senhora perdeu tanto tempo elaborando essa sua exposição? Ora, então não vá ao arquivo já que a senhora não depende dele!

Lanço-lhe aqui o desafio: já que a senhora, como, suponho ser advogada, não depende do arquivo, não vá mais até ele e vejamos qual dos dois terá as suas atividades prejudicadas, deixará de atuar como necessita a instituição e provavelmente ficará inerte. Verifiquemos se assim ele (o arquivo) deixará de existir, já que é tão dependente da senhora.

O arquivo existe independentemente da existência ou inexistência de advogados, ele é o lugar onde se condensam as informações produzidas e recebidas pela instituição. A partir dele é que é possível recuperar qualquer informação orgânica da instituição à qual serve, mas para isso é preciso que todos os envolvidos no processo administrativo das organizações estejam conscientes e atualizados com a necessidade de gestão da informação para a consecução de atividades administrativas e operacionais eficientes e eficazes.   

Para finalizar, gostaria de lamentar as infelizes observações feitas nas suas ”CONCLUSÕES”, onde a senhora diz que É preciso investir permanentemente na satisfação do advogado e fazer disso a principal meta do Arquivo e a melhor estratégia é ouvi-lo de forma ativa; Sempre é possível saber mais e neste caso o marketing de relacionamento é uma ferramenta extremamente eficaz, porque valoriza a postura do ganha-ganha, onde ambos os lados saem lucrando e gera a fidelidade e o relacionamento a longo prazo.
Da forma como a senhora coloca, parece que o universo gira em torno do advogado e que só ele deve ser satisfeito em detrimento do resto da humanidade. Definir a meta principal do arquivo na satisfação do advogado chega a ser hilário, perdoe-me, mas não consigo conter o riso. O ganha-ganha ao qual a senhora se refere, pelo que percebo, na sua ótica é, na verdade, o dá-ganha, onde o profissional do arquivo sempre lhe serve (dá)  e a senhora sempre ganha e o lucro do arquivista seria ficar feliz porque conseguiu ser servo fiel de um advogado.
Acho que a única coisa que senti falta, na verdade na sua exposição é o fato de não se ter mencionado uma oração em devoção aos advogados. Gostaria que fosse informado onde se tem uma congregação que venere esse profissional, afinal, pode ser que alguém queira se tornar membro da ADVOGADOLATRIA, creio que seja esse o termo que eu, como futuro arquivista, deva utilizar para a veneração das vossas santidades."

terça-feira, 9 de agosto de 2011

TRANSGREDIR É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO

É muito fácil amar alguém, porém, amar não é nada fácil!!! 
  
É com essa reflexão que inicio este texto simples, mas, saído do fundo da alma, escrito com um sentimento nervoso, fruto de uma paixão que me move sempre em linha para um horizonte cheio de brumas e visões nem sempre translúcidas, porém,  nem sempre tão obscuras... Por amar demais, por sentir um turbilhão fervilhando em mim é que acabei por escrever este texto. Ele não foi pensado como uma obra de arte, não tem pretensão de ser um texto literário nem de me promover ou levantar qualquer suspeita sobre este tão simples autor... apenas ele existe em mim e precisa ser posto para fora, ele não cabe mais dentro de mim, ele ultrapassa a fronteira do meu corpo e salta pelos meus dedos para o computador num impulso frenético, quase febril e aí está, na sua frente, pronto para ser lido... agora é com você, não se obrigue a lê-lo, apenas faça isso se te der prazer!!! 

A razão em nós precisa ser bastante sábia a ponto de conter os monstros criados por nossa própria consciência (ou inconsciência). A sociedade que criamos nos escraviza com as suas convenções a ponto de assassinarmos dentro de nós mesmos grandes sentimentos, grandes projetos, grandes sonhos... e nos tornamos cemitérios das nossas próprias criações, às vezes, as mais sublimes criações que somos capazes de produzir!

Somos tão frágeis para enfrentar os preconceitos que até o mais simples passo que damos em direção à vontade expontânea, parece nos fazer andar em desatino. O caminho a seguir, que à frente se nos estende, parece ser sombrio e sunuoso quando, em nós, o sentido do querer perpassa pela necessidade de perceber que não vivemos para nós mesmos, mas sim, para dizer ao outro que faço o que faço porquê é o certo (ou o que convencionamos ser o certo) e não aquilo que eu faça por vontade, impulso, desejo ou porque me faz bem.


Esta imagem representa "Gilliatt", o personagem principal do livro "Os Trabalhadores do mar" do Mestre Victor Hugo. Clique no link acima, leia a resenha do livro e entenda porque esta imagem foi utilizada aqui.

É tolice pensar que cada um de nós é independente, livre, espontâneo, autônomo...




Não!!! 


Precisamos dar satisfação pelo que fazemos, pelo que sentimos, pelo que queremos. É preciso, muitas vezes esconder no peito um sentimento, uma paixão, um desejo, uma vontade. São as algemas e amarras da invenção da vida em sociedade. É a partir desses conceitos, preceitos e preconceitos que elaboramos nossas leis, nossos regulamentos, nossas regras de conduta e nossas ideias do que venham a ser o certo e o errado.

É a partir desse conhecimento do mundo das relações interpessoais que criamos o conceito de transgressão. Transgredir pode significar transpor uma barreira que pode representar a destruição de todo um projeto de vida, mesmo quando essa ”transgressão” possa, interiormente, representar o mais árduo desejo de se concretizar uma paixão, quiçá, um amor verdadeiro!

Um peito que sangra, uma alma que delira... é assim a vida de quem nasceu para sonhar, amar, se apaixonar, viver sem estar preso. 

Mesmo não sendo fácil admitir e, compreendendo que fugir à regra social em que seguir o rumo das paixões mais verdadeiras e despretenciosas é transgredir, além de se ter em mente que, para a sociedade, viver segundo o sabor dos ventos do sentimento livre e espontâneo não é viver de verdade, só posso concluir, parafraseando o poeta, que:
 
“TRANSGREDIR É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO”.



quarta-feira, 13 de julho de 2011

O que são as mulheres?

Me pergunto, às vezes!!!
O que são as mulheres?
Esses bichos misteriosos que fazem coisas estranhas ao entendimento dos homens...
Esses seres ininteligíveis à reduzida inteligência masculina...
Essas criaturas metamórficas que por um momento a gente acha que conhece e no instante seguinte já são outra coisa e se apresentam completamente estranhas ao que era há um segundo!
Às vezes chego a pensar: É criação diabóloca.
Talvez até seja mesmo... Será por isso que nós, pobres homens, criaturas singelas, ficamos tão perturbados com a simples presença de uma delas? Será que é por isso que nós as desejamos tanto? Será por isso que tantos pecados se cometem em nome de uma paixão por uma delas? Será por isso que a maioria de nós não se contenta com apenas uma delas?
Conviver com uma por anos não é o suficiente para desvendá-la... aquele que diz ter encontrado a chave do cofre secreto que é a sua alma, engana-se! É mais uma façanha da sua astúcia feminina que nos esmaga em nossa insignificância de gênetro masculino.
Mas, o que são, de fato, as mulheres?
Prefiro não saber a resposta, eu acho!
Talvez se as desvendarmos não haja mais encanto, talvez não haja mais mistério e a busca pelo inatingível cesse, e com isso, todo o sentido de querer estar sempre buscando compreendê-las...
Mulheres, não me respondam... não se revelem... não se abram...
Eu quero é o infindável caminho que se abre a cada palavra vossa...
Eu quero é a bruma intensa que há em cada sorriso vosso...
Eu quero é que o túnel se estenda cada vez mais e que a luz que brilha lá no fundo seja sempre uma utopia...
Eu quero é que minhas dúvidas sejam apenas a fonte de mais quetões em que eu tenha que mergulhar em busca das respostas vossas...
Eu quero é não compreendê-las...
Eu quero é não ter que esquecê-las...
Eu quero é apenas querer...
Eu quero é apenas tê-las!!!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

DIREITO DE TER DIREITOS = DEVER DE TER DEVERES

A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS GARANTE: 
Artigo 1°
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Artigo 2°
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.(...)

Artigo 3°
Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.


A CONSTIRUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988 GARANTE:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
(...)
___________________________________________________________________________________

Essas afirmações põem todas as pessoas em nosso país, independentemente de raça, credo, nacionalidade, sexo ou opção sexual,  em nível de igualdade perante qualquer instância jurídica e social.

Assistimos todos os dias pela TV a movimentos organizados que têm a pretensão de reivindicar direitos e garantias de igualdade desses direitos. 

Fico preocupado com o problema da questão dos homossexuais que reivindicam direitos legítimos, mas que em muitos casos esses direitos são mal interpretados e muitos acham que essa luta lhes dá o direito de discriminarem os heterossexuais, assediarem indiscriminadamente outras pessoas e serem promíscuos ao ponto de não terem o mínimo senso de respeito pela sua própria pessoa. 
Assiste-se diariamente a cenas degradantes de promiscuidade onde o sexo é banalizado e a escolha de parceiro é puramente uma questão de "venha o que vier"!

Fico preocupado com a questão da ditadura das minorias. Acho que há interesses bem mais subliminares do que possamos ou não imaginar nessas questões de direitos adquiridos. Sabe-se que atitudes desse tipo costumam criar redutos de votos fáceis, grupos organizados que funcionam como influenciadores num sentido a levar as pessoas a acreditarem naquilo que elas não têm o domínio do conheciento necessário para saber escolher para suas vidsas.
O que na verdade precisa ser posto como valor é a célula principal da sociedade: A FAMÍLIA!!!
uma amiga me enviou um vídeo bem interessante sobre o tal 'KIT GAY" que seria distribuido nas escolas que bem fala dessas questões e coloca prioridades bem mais gritantes que nunca foram contempladas com programas sociais, de inclusão ou de proteção contra a discriminação. Veja o vídeo, CLIQUE AQUI!
Sejamos sim, iguais, mas, queiramos ser diferentes.

Façamos a diferença. Sejamos dignos de nós mesmos e dos outros. Respeitemo-nos a nós mesmos e aos outros. 
Ter/escolher uma opção sexual é cobrir-se de exageros?
Ter/escolher uma opção sexual é ter o direito de ser promíscuo?
Ter/escolher uma opção sexual é ter que mostrar para todos que você é diferente?

Acho que todos devem ser aquilo que querem e podem ser, mas ninguém pode nem deve invadir o espaço do outro no seu direito.
Afinal, o direito de termos direitos é equivalente ao dever de termos deveres!!!

domingo, 10 de abril de 2011

UM MUNDO SEM ARQUIVOS!


Você já imaginou o mundo sem arquivos?

O assunto parece ser chato e nada atraente, mas eu convido para uma breve reflexão:

Imagine que você precise tirar uma segunda via de sua carteira de identidade!!!

Necessariamente você recorrerá ao setor responsável e, lá, um funcionário buscará numa gaveta ou numa estante uma série de documentos que conterá informações referentes à sua pessoa. Certamente lá conterá seu nome completo, sua data de nascimento, data de emissão de primeira via, sua filiação, sua naturalidade, suas impressões digitais, etc. A partir das informações contidas naqueles documentos autênticos e fidedignos, o funcionário competente poderá emitir a segunda via do seu documento.

Agora imagine se essas informações não existissem em lugar algum daquela instituição responsável pela emissão de carteiras de identidade.

Onde você imagina que essas informações estarão armazenadas???

Muito provavelmente você responderá: No Arquivo, ora!!!

E a resposta está completamente certa!

Você acaba de constatar que nenhuma instituição ou pessoa pode viver sem arquivos.

O grande X da questão é: Se o funcionário encontrou as informações referentes a você, pressupõe-se que o arquivo daquela instituição deverá estar minimamente organizado de forma a permitir o acesso às informações   alí armazenadas.

Nosso caso nasce a partir dessa constatação: Toda pessoa e toda instituição necessita do armazenamento de informações que, delas, certamente fará uso no futuro.

É NECESSÁRIO LEMBRAR QUE:
  1.  VIVEMOS UMA ÉPOCA DENOMINADA DE “ERA DA INFORMAÇÃO”.
  2.  NOS DIAS DE HOJE, A INFORMAÇÃO É UM PRODUTO DE VALOR. EM MUITOS CASOS PODE SER ENTENDIDA MESMO COMO UMA MERCADORIA.


O processo de registro e armazenamento de informações naturalmente levar-nos-á a criação de um sistema de memórias necessárias de serem futuramente acessadas. O registro de informações em um suporte que possibilite posterior acesso é o significado de criação de um documento. Os documentos que são necessariamente produzidos e recebidos por uma pessoa ou por uma instituição testemunhando e dando prova das suas atividades, serão a matéria prima que deverá compor o arquivo daquela pessoa ou instituição.

A partir desses breves conceitos é que se desenvolve o trabalho do profissional de arquivos: O ARQUIVISTA! Ele existe para fazer trabalho de gestão documental que, em linhas gerais, consiste no processo de tratamento desses documentos desde o momento em que eles são criados, passando pelo processo de uso e tramitação, avaliação da necessidade de guarda permanente ou eliminação, até o trabalho de guarda, conservação, preservação e desenvolvimento de meios de facilitar o acesso às informações contidas naqueles documentos permanentemente arquivados.

Agora, mais uma vez, imagine:

"E se nada disso existisse!"

Certamente não estaríamos neste espaço interagindo. Pois para que isso ocorra, é necessário, primeiramente, que tenhamos um suporte (no caso presente, o computador) que permite a adição, a leitura e o armazenamento de informações. Em segundo lugar, se estamos aqui, é porque, em algum momento de nossas vidas, abstraímos e utilizamos informações que estavam armazenadas e as transformamos em conhecimento. Em terceiro lugar, para nada serviria o que estamos nesse momento desenvolvendo já que em breve nossa memória tratará de, naturalmente, esquecer.

Então, o que podemos concluir de tudo isso?

Para mim é bastante claro: não poderia existir vida social se não existissem lugares de memória onde os homens pudessem armazenar e posteriormente recuperar informações necessárias ao desenvolvimento de seu convívio social.

Lugares de memória são todos os lugares que guardam e tratam informações registradas em documentos. Um dos lugares de memória mais imprescindível para a sociedade é o ARQUIVO, já que as informações alí contidas são fontes primárias que traduzem fielmente os atos da atividade humana e são armazenadas não por uma razão qualquer, mas, invariavelmente, por uma necessidade.

SALVE OS ARQUIVOS, 

SALVE A INFORMAÇÃO...

SALVE OS ARQUIVISTAS COMO FACILITADORES/MEDIADORES ENTRE A INFORMAÇÃO ARQUIVÍSTICA E OS USUÁRIOS QUE DELAS NECESSITEM!!!


domingo, 16 de janeiro de 2011

O DISCURSO DO SILÊNCIO

Nós, seres humanos, somos levados a criar expectativas e explorar o universo que nos cerca com uma curiosidade investigativa que aflora e nos toma desde os primeiros dias de vida.
Seja a voz da mãe, o cheiro da casa, das roupas, o sabor do peito, a cor dos objetos, o som da natureza, uma música, um perfume, uma fruta... Tudo é motivo para sentirmos e identificarmos como sendo parte do nosso universo. A partir das nossas sensações e do que dizem os nossos educadores, aprendemos e criamos conceitos que, dentro de nós, muitas vezes são confusos e outras, bem definidos acerca de cada objeto, cada sensação, cada momento... 
Não raro, entretanto, as nossas palavras parecem não ser suficientes para expressarmos ou demonstrarmos uma sensação que temos. A fala e os recursos da língua não têm a devida capacidade de expressar suficientemente o todo que existe em nós de forma que sintetize em sons e vocábulos o que muitas vezes sentimos.

É, talvez, por isso, que exista a arte.

Nada mais eloquente que uma escultura, uma pintura, uma música, uma dança...
Quem poderia imaginar quantos tormentos, quanta tortura, quanta paixão, quanta loucura, quanto amor, quanto ódio, quanta esperança, quanta paz, possa haver no interior de um artista que expressa tudo isso em formas, cores, sons, movimentos... e tudo isso no mais perfeito silêncio.

Mas há em toda a arte um eterno discurso. 
Na arte não há silêncios.
Na arte há o artista revelado em cada movimento realizado para a consecução de sua obra.
Alí há, na verdade o seu silêncio, que fala muito mais que se ele tentasse passar cada minuto de seus dias falando ao mundo o mundo que é o seu interior.
Dito isto, ocorre-me a máxima: Prefiro calar, posto que quando falo corro o risco de não dizer tudo.